Há algum tempo escrevi um "artigo" com o título "POR QUE O MUNDO PRECISA DO SUPER-HOMEM?", por ocasião do lançamento do "remake" do filme sobre o super-herói, salientando minha percepção sobre as investidas imperalistas norte-americanas embutidas no longa, desde as cores das vestimentas do "intrépido paladino da justiça" até os vilões que na época dos primeiros filmes (final da década de 30/início da década de 40), o ator que interpretava Lex Luthor tinha cara e jeito de Oficial Alemão, e no filme mais atual (2006) possuía claras caracteristicas físicas árabes.
Se Superman, analogicamente, representa a imperialista nação do Tio Sam, o site Wiki Leaks representa a Kriptonita.
Como sabemos, a Kriptonita é um mineral que tem o efeito principal de enfraquecer (de outro modo, tornar vulnerável) o Super-Homem. Usualmente explicado como tendo sido criado dos restos de seu planeta natal, Krypton, geralmente tem efeitos nocivos sobre ele.
Nada mais apropriado para explicar os efeitos catastróficos das declarações que o agora famoso site da internet fundado pelo australiano Julian Assange estão causando à nação mais poderosa do mundo.
Algo produzido em território amigo, causando seu próprio enfraquecimento.
Como o poder de um verdadeiro artefato nuclear, as divulgações feita pelo Wiki Leaks afetaram consideravelmente o, até então inabalável, poderio do país "aonde as macieiras são mais verdes".
Ao todo são 251.288 documentos enviados por 274 embaixadas. Destes, 145.451 tratam de política externa, 122.896, de assuntos internos dos governos, 55.211, de direitos humanos, 49.044, de condições econômicas, 28.801, de terrorismo e 6.532, do Conselho de Segurança da ONU.
Assange, solto semana passada após ser preso pela justiça britância, e depois de entrar para a lista de homens mais procurados da Interpol (polícia internacional), acusado de estupro e assédio sexual, na Suécia, nega todas as acusações e alega que o caso é apenas uma estratégia para desmerecer as revelações feitas por seu site.
Nunca antes na história daquele país, como diria o nosso querido Presidente da República e filósofo de plantão, Lulinha da Silva, declarações como estas tiveram tanta repercussão e causaram tantos desdobramentos, provocando mau estar para os EUA, e quando muito, eram tidas apenas como conteúdo produzidos pelos adeptos da famosa "Teoria da Conspiração", com o governo norte-americano tratando logo de desmentí-las e desconsiderá-las, e fazendo com que os divulgadores rapidamente caíssem no descrédito de alguma forma, como aconteceu com Michael Moore, diretor do filme "Fahrenheit 11 de setembro" (2004), que trazia revelações bombásticas sobre o atentado de 11 de setembro, e dos vínculos que existiriam entre as famílias do presidente George W. Bush e a de Osama bin Laden.
Ao que parece, o antídoto anti-kriptonita escolhido para salvar o todo-poderoso super-herói foi a mesma tática de desqualificação do "inimigo", adotada anteiormente. Mas, agora talvez, não muito eficaz. Possivelmente pelo fato de estarmos melhor informados, e não aceitarmos qualquer estórinha pronta sem ao menos passar por nosso criterioso crivo de observadores um pouco mais exigentes.
É Superman, parece que o Senhor continua querendo cantar a música "KRIPTÔNIA", do nosso compositos Zé Ramalho: " NÃO ADMITO QUE ME FALE ASSIM... EU SOU SEU DÉCIMO-SEXTO PAI...", mas o que espera de um cara que usa a cueca por cima das calças?
Nenhum comentário:
Postar um comentário